Dos delírios de solidão, de dentro da noite imóvel e
intransponível, me surge onírica a face de mulher! As múltiplas
cores abstratas de humores corporais, formam esse ser feminino de
puro paradoxo apaixonante, como um o reflexo cambiante de um espelho
d' água que se desfaz ao menor toque. Amorosamente indiferente,
friamente sensual, que esconde no rosto de lado, meigo e blasé, um
latente amor carnal. Que mistério guarda essa mulher que desconheço?
Que parte incógnita de mim mesmo só nela se revela? Um amor
imemorial, perdido no passado ou esperando distante no por vir...
Quantas vezes por mim ela passou? No bar, na mesa ao lado, no metro
descendo na estação anterior, perdida no meio da multidão.
Deixando apenas uma silhueta esguia e malemolente gravada em minhas
retinas desejantes. De que fantasia erótica ela saiu? De dentro da
memoria inventiva ou da lembrança da pela e da saliva? De faces mil,
entre fraguentos cubistas e cores expressionista de um filme francês
preto e branco. Me invoca e me proibi, me beija e me afastas, ama-me
tanto quanto me despreza, é parte de mim e minha ausência. Mãe que
da a vida, e viúva negra que fecha o caixão.
A Força
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"A ação perfeita é devoção". Li em algum livro de ocultismo da Helena
Blavastky, e nunca me esqueci, no meu coração sentia que era a mais pura
verdade. Des...
Há 7 anos
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