quinta-feira, 19 de maio de 2011

Dormi, acordei: continuou!
Nasci, morri: continuaram...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Diário sem data


O único impulso que me resta em favor da vida é minha enorme curiosidade em saber até onde vai a comédia humana que constitui meu ser. Até que ponto chega a inadaptabilidade de uma pessoa frente a seu mundo e seu tempo?! O que me pedem, não dou. Tão pouco dou o que não me pedem. Não posso dar nada, pois só herdei o cansaço e a desilusão dos que outrora muito deram e nada receberam. Associo-me aos desvalidos e miseráveis, os derrotados da história, que sem ter a honra dos guerreiros lendários, no silêncio ergueram com sangue e lágrimas os pilares da civilização vitoriosa. Sou um bizarro efeito colateral da atual sociedade do gozo, onde tudo tem de se converter em prazer efêmero e fútil. Prazer esse que para mim sempre carrega o amargo do fel, de quem sofre sem saber porque, de quem traz consigo o terrível crime de se entristecer. O que me resta se não o grito mudo do desesperado e  as lágrimas frias do melancólico?