Recito meus pensamentos em uma língua morta e sigo repetindo como um
mantra pelas ruas a dentro, como uma música interior que ressoa
silenciosa pela solidão monumental da cidade branca. Avanço
descompassado cortando o espaço geometrizado. Em um movimento inerte
cruzo por entre blocos de concreto e vidro, e as cortinas verdes dos
jardins de decadência. Vejo passar por mim sombras, projeções
cinematográficas do que sei, que revelam em suas imagens turvas o
que não sei, e talvez, não se possa saber, se não por um único
segundo antes do esquecimento. Caminho em suspenso, desvio de mim, já
não consigo me alcançar. E subo, pairando, distante, distante...
onde tudo parece pequeno, delicado, prestes a desaparecer. Nuvens,
sonhos...
A Força
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"A ação perfeita é devoção". Li em algum livro de ocultismo da Helena
Blavastky, e nunca me esqueci, no meu coração sentia que era a mais pura
verdade. Des...
Há 7 anos
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