sábado, 25 de agosto de 2012

Discurso 22

De que matéria são feitas as possibilidades perdidas?Quantas vozes devo calar, quantas vidas devo negar para poder dizer quem sou? Se tudo que podemos ter do Tempo além das lembranças insólitas do passado e os ideias ilusórios do futuro, é o concreto AGORA em sua insustentável carga de liberdade e medo. O problema da escolha se desloca do julgamento pragmático de valores aos mistérios do Desejo e o sutil equilíbrio que provoca o nascimento do Gesto, pois tudo que é potência de vida, inevitavelmente é aceitação de morte.

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