Perdido em abstrações sem nenhuma finalidade nem objetividade, passo um tempo indefinido em meio à apreciação literária de García Márquez e profundas reflexões sobre a Solidão. A Solidão esta dama misteriosa e taciturna, que esconde sua face púrpura e olhos de cristal sobre negra manta, confundindo-se com a Morte, e trazendo em mãos a tragédia de um destino oculto! Ela a quem a maioria teme e nega, enquanto os filósofos, poetas e profetas dela se enamoram. Que dirá Cristo em seu retiro para o deserto ou Buda em sua profunda meditação ou Caeiro em sua distante vida campestre, que palavras doces proferiram a Solidão para tais ouvidos sábios?!
Os que temem a Solidão são os que temem a si mesmos, pois somente no recôndito do Eu se encontra tal musa, de face ambígua de pavor e deleite. Somente no campo da liberdade é que a Solidão se manifesta verdadeiramente, e é através dela que se pode exercitar a soberania de si mesmo. Às vezes somos governados pelo Amor, outras vezes pelo Ódio e ainda alguns vezes pelo Medo ou pela Inveja. A Solidão é como um elixir de equilíbrio para todos os sentimentos que povoam a alma. Pois é nos pedestais da Solidão, que o sujeito pode erguer-se alto, mais alto que tudo, e da calmaria inebriante das alturas, com um olhar portentoso enfim coroar-se rei de si mesmo, e governar-se em paz! Somente só, é possível aprender a só ser...
O paradoxo da Solidão diz respeito à necessidade intima de estar só para saber estar junto. Conhecer a si mesmo pra assim poder conhecer o outro. No mundo em que vivemos com um sistema tão opressor e controlador a Solidão surge como o único remédio eficaz contra a massificação e a favor da verdadeira autonomia do individuo.
Ó musa da Arte e do pensamento, quero calmamente e longe dos estrondos da existência, deitar minha cabeça em teu colo e clamar minhas dores e meu sofrer, e a cada palavra pronunciada por minha boca uma nova figura se materializa e ocupa uma parte de minha infinitude! Tu és um templo sagrado instalado no fundo da alma, abrigo de paz e descanso onde se pode recomeçar e reconstruir toda a filosofia. Estar só e poder olhar para o vazio interno de si, e compreender que todo esse espaço pode e deve ser espaço de explorarão e criação do Eu. Inúmeras possibilidades do ser. Sei que és sombria e melancólica, e muitas vezes trás em tua companhia o desespero, o abandono e a incompreensão, porem sei o quanto podes ser doce e prazerosa para aqueles que sabem de ti gozar. Amo-te como amo a mim mesmo!Que me sejas apraz e não me deixes sucumbir por teu amor.
Os que temem a Solidão são os que temem a si mesmos, pois somente no recôndito do Eu se encontra tal musa, de face ambígua de pavor e deleite. Somente no campo da liberdade é que a Solidão se manifesta verdadeiramente, e é através dela que se pode exercitar a soberania de si mesmo. Às vezes somos governados pelo Amor, outras vezes pelo Ódio e ainda alguns vezes pelo Medo ou pela Inveja. A Solidão é como um elixir de equilíbrio para todos os sentimentos que povoam a alma. Pois é nos pedestais da Solidão, que o sujeito pode erguer-se alto, mais alto que tudo, e da calmaria inebriante das alturas, com um olhar portentoso enfim coroar-se rei de si mesmo, e governar-se em paz! Somente só, é possível aprender a só ser...
O paradoxo da Solidão diz respeito à necessidade intima de estar só para saber estar junto. Conhecer a si mesmo pra assim poder conhecer o outro. No mundo em que vivemos com um sistema tão opressor e controlador a Solidão surge como o único remédio eficaz contra a massificação e a favor da verdadeira autonomia do individuo.
Ó musa da Arte e do pensamento, quero calmamente e longe dos estrondos da existência, deitar minha cabeça em teu colo e clamar minhas dores e meu sofrer, e a cada palavra pronunciada por minha boca uma nova figura se materializa e ocupa uma parte de minha infinitude! Tu és um templo sagrado instalado no fundo da alma, abrigo de paz e descanso onde se pode recomeçar e reconstruir toda a filosofia. Estar só e poder olhar para o vazio interno de si, e compreender que todo esse espaço pode e deve ser espaço de explorarão e criação do Eu. Inúmeras possibilidades do ser. Sei que és sombria e melancólica, e muitas vezes trás em tua companhia o desespero, o abandono e a incompreensão, porem sei o quanto podes ser doce e prazerosa para aqueles que sabem de ti gozar. Amo-te como amo a mim mesmo!Que me sejas apraz e não me deixes sucumbir por teu amor.
"Quem não sabe povoar sua solidão também não sabe estar só no meio da ocupada multidão"
( Charles Baudelaire)
( Charles Baudelaire)